1 Rs 17, 17-24; Sl 29/30; Gl 1, 11-19; Lc 7, 11-17

 lucas

“JESUS SE COMPADECE DA VIÚVA”

Nas leituras desse 10º domingo do tempo comum encontramos e tema da ressurreição sob alguns aspectos interessantes:

Na primeira leitura temos o episódio da viúva que acolhe o homem de Deus em sua casa, mas sentisse-se castigada por seus pecados que o profeta trás à luz com a morte de seu único filho. Antes de prosseguirmos é mister esclarecer um ponto importante, um aspecto cultural do povo judeu; a mulher não poderia trabalhar para se sustentar.

Primeiramente a moça era sustentada por seu pai; com o casamento essa responsabilidade passava para o marido, e, se este morresse esse direito era automaticamente atribuído aos filhos. Logo, uma viúva sem filhos, para sobreviver, iria apelar para a mendicância.

Assim, vemos na primeira leitura a súplica do profeta Elias para trazer de volta a respiração do jovem; depois de muito pedir Deus o atende e devolve o filho à sua mãe.

Em sua epístola aos Gálatas, Paulo nos descreve outro tipo de ressurreição. Ele discorre sobre sua conversão; como de perseguidor da Igreja ele passa a ser um arauto do Evangelho do Ressuscitado.  Fala de um a revelação que teve de Cristo ressuscitado; dos anos que passou conhecendo melhor os ensinamentos de Jesus até ir a Jerusalém e encontrar-se com Pedro e Tiago.

O apóstolo nos mostra que a verdadeira ressurreição se faz em nossa vida quando optamos pó seguir o Cristo Jesus. Portanto, não precisamos experimentar a morte para ressurgirmos, pois a partir do momento que seguimos, pregamos, testemunhamos o Ressuscitado já somos ressuscitados Nele.

A perícope do Evangelho de Lucas mostra em sua Cristologia um Jesus Filho de Deus em toda sua divindade; tão poderoso quanto Deus. Pois diferente do profeta Elias que clamar por três vezes para que o respiro volte ao jovem, Jesus manda e tudo lhe obedece. Assim como na criação Deus fala e tudo existe, da mesma forma com seu primogênito que chama à vida aquele que já não respirava.

Jesus tem o mesmo atributo de criador que seu Pai, pois dá a vida novamente é recriar o que não mais existia.

E nós depois de ouvir esta Palavra de ressurreição o que podemos trazer para nosso dia a dia?

Sabemos que o evangelho nos provoca, nos questiona e nessa semana nosso questionamento será: nós cristãos, como testemunhas do ressuscitado, como estamos pregando a Boa Nova de Jesus: levamos como uma mensagem que liberta, que cura, que anima, que trás paz e ressuscita ou levamos o Evangelho de Cristo como um fardo pesado e insuportável de carregar? Como testemunha de Jesus Cristo levo a morte ou a vida aos meus irmãos e irmãs.

 

 Fortaleza 07 de junho de 2013.

 

Ir. Ana Lucia Alencar de Souza, NJ, é Graduada em Teologia e Especialista em Bíblia pela faculdade católica de Fortaleza

 

 

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