”…VAI, E TAMBÉM TU, FAZE O MESMO’.
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Dt 30, 10-14; Cl 1, 15-29; Lc 10, 25-37 |
A primeira leitura é um texto pós-exílico que convida ao povo que volta para Jerusalém, a retornarem também para seu Deus; sendo obedientes à sua Palavra e a seus preceitos.
A perícope ressalta a acessibilidade a Deus, sua sabedoria (lei), que está na boca, isto é, meio pelo qual recebo e levo a meu ‘próximo’ a sabedoria eterna do Deus de Israel; e que também está no coração, isto é, instrumento de intimidade, proximidade e amor para com meu Deus.
A Palavra agora não está na boca e no coração; agora ela é uma pessoa: o Filho de Deus que se encarna. Em sua carta Paulo citando um primitivo hino cristológico, o verbo de Deus que se encarna toma sobre si o primado de todas as coisas criadas. Ele é a imagem visível do deus invisível. É o motivo pelo qual todas as coisas existem. Ele antecipa e justifica toda a criação de Deus, e inaugura em sua encarnação uma nova humanidade a partir de sua ressurreição.
‘…vai, e também tu, faze o mesmo’.
Configurados em Cristo Jesus pelo batismo, confirmados e plenificados como arautos de sua Boa Nova, somos convocados a sermos os bons samaritanos de hoje.
Sempre que nos fazemos próximos de todo ser humano que sofre qualquer tipo de desrespeito em sua dignidade de filhos e filhas de Deus, estaremos nos configurando em Jesus Cristo.
È certo que todas as práticas piedosas que conhecemos (jejum, penitência e esmola) nos ajudam na construção do reinado de Deus; porém esta configuração plena com o Ressuscitado só se dará na concretude e nossas ações para com os ‘próximos’ que cruzam nosso caminho.
Fortaleza, 13 de julho de 2013.
Ir. Ana Alencar, NJ
Graduada em Teologia e com Especialização em Bíblia, ambas pela Faculdade Católica de Fortaleza.