Roteiro Homilético do II Domingo do Advento – Ano B.

Roteiro Homilético do II Domingo do Advento – Ano B.

II DOMINGO DO ADVENTO

ANO B

Leituras: Is 40,1-5. 9-11; Sl 84; 2 Pd 3, 8-14; Mc 1, 1-8.

A primeira leitura nos mostra o evangelho da esperança do segundo Isaias. O autor abre seu livro mostrando a face de um Deus amoroso, carinhoso e misericordioso.

Ao povo exilado na Babilônia, que já perdeu a esperança de retornar a Jerusalém, erguer seus muros e seu templo, o profeta anuncia uma mensagem de consolação, e mais precisamente uma boa nova de libertação.

Em uma linguagem poética e litúrgica, o autor fala ternamente aos exilados; diz-lhes que seu cativeiro é chegado ao fim. A divida do povo já foi paga com o sofrimento do exílio e a perda de tudo que eles tinham como fundamento constitutivo de Israel, a saber, a terra, o templo e o trono de Davi.

O profeta fala ao povo de uma redenção maravilhosa. Compara essa libertação a um novo e glorioso êxodo, onde o próprio Deus irá nivelar, aplainar e modificar o deserto para que seu povo possa passar sem dificuldade até chegar a Jerusalém.

E quando o povo retornar para sua querida Sião, eis que seu Deus redentor estará lhes esperando no regaço acolhedor, como um bom pastor acolhe suas ovelhas, cercando-o de cuidado e carinho.

A carta de Pedro responde a questões pertinentes à sua época, isto é, responde àqueles que zombam da demora da parusia.

Para os que desdenham da segunda vinda de Cristo, o autor mostra que o tempo para Deus é diferente do nosso modo de contar o tempo cronologicamente. Sendo Deus amor e misericórdia ele não quer que nenhum dos seus se perca, por isso ele é paciente (um dia é como mil anos). Ressalta que este dia da salvação e da volta do Senhor virá sorrateiramente e inesperadamente como nos chega um ladrão.

Depois retoma o tema do dia do Senhor de forma apocalíptica, onde anuncia um novo céu e uma nova terra onde habitará a justiça.

Terminando a perícope o autor irá mostrar implicações éticas para nos preparar para a parusia, a saber, devemos levar uma vida santa, pacífica, sem mácula ou defeito.

Ao iniciar seu Evangelho Marcos faz ressonância com o livro do Gêneses usando a palavra começo da boa nova de Jesus, o Messias e Filho de Deus

Em seguida retoma Is 40, 1-5, pra falar do arauto, aquele que anuncia a chegada de Cristo, no caso João batista.

João, o que veio primeiro para aplainar, nivelar o caminho do Cordeiro de Deus. Depois de viver no deserto, de uma maneira austera, o precursor de Cristo, batiza/mergulha o povo nas águas, para uma nova vida sem pecados.

Contudo, João ressalta em sua pregação que ele é apenas o servo daquele que virá após ele, que é maior, mais digno e que batizará com o Espírito Santo de Deus.

 

 

 

 

QUANDO A PALAVRA SE FAZ VIDA:

 

Neste segundo domingo do advento a liturgia nos convida a meditar sobre a figura do arauto da boa nova (Isaias, João Batista); o mensageiro real que vai a frente a anunciar seu rei que se aproxima trazendo a libertação e a esperança gloriosa da salvação.

Eis que o Rei está às portas! E quer nos ofertar um reino de justiça e paz, de perdão e de misericórdia.

Contudo, Ele quer que cada um de seus seguidores se transforme em arautos, profetas, para que mais que anunciar esse reino ajude-O na construção deste. Posto que esse reino só será pleno de justiça e paz, quando todo o caminho for nivelado e aplainado, para que todo o povo escolhido de Deus possa caminhar tranquilamente ao encontro de seu Rei e Salvador Jesus Cristo.

E como aplainar esse caminho? Aplainar o deserto é construir esse reino, é se indignar com as injustiças sociais, é chorar com quem chora, é vestir quem está nu, é dar comida a quem tem fome, é dizer não a toda forma de preconceito, em suma é viver radicalmente a Boa Nova de Cristo.

Eis que o Rei se aproxima, na prática, o que você está fazendo para a construção de seu reinado?

 

Ir. Ana Alencar, nj

Fortaleza, 01 de dezembro de 2011

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